A diástase abdominal é um problema comum que afeta principalmente as mulheres após a gravidez. Caracterizada pelo afastamento dos músculos retos abdominais, essa condição pode levar a sintomas desconfortáveis e comprometer a estética abdominal. Quando a distância entre esses músculos é igual ou superior a 3 cm, temos um caso de diástase abdominal considerado moderado a grave. Neste artigo, abordaremos as causas, sintomas e tratamentos para a diástase abdominal de 3 cm.
Causas da Diástase Abdominal
A diástase abdominal pode ser causada principalmente por duas razões: a gestação e a obesidade.
A gestação é um fator de risco significativo para o desenvolvimento da diástase abdominal. Durante a gravidez, o útero em crescimento exerce pressão sobre os músculos retos abdominais, levando ao seu afastamento. Quanto maior o número de gestações e a idade materna avançada, maior a chance de desenvolver diástase.
Além disso, a obesidade também é um fator de risco, pois o excesso de gordura abdominal aumenta a pressão sobre os músculos, favorecendo o afastamento.
Sintomas da Diástase Abdominal de 3 cm
Os sintomas da diástase abdominal de 3 cm podem variar de indivíduo para indivíduo. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
- Abaulamento da região abdominal;
- Dor lombar;
- Problemas posturais;
- Fraqueza muscular na região abdominal;
- Incontinência urinária;
- Má digestão;
- Hérnia umbilical ou epigástrica.
É importante ressaltar que a diástase abdominal de 3 cm pode levar a complicações, como a hérnia. Portanto, é fundamental procurar um profissional de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.
Tratamento para a Diástase Abdominal de 3 cm
O tratamento para diástase abdominal de 3 cm envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo exercícios físicos, fisioterapia, uso de cintas abdominais e, em casos mais graves, cirurgia.
Os exercícios físicos são fundamentais para fortalecer a musculatura abdominal e minimizar o afastamento dos músculos retos. Um profissional qualificado, como um fisioterapeuta, pode indicar os melhores exercícios de acordo com as necessidades individuais.
A fisioterapia também desempenha um papel importante no tratamento da diástase abdominal. Por meio de técnicas específicas, como a realização de massagens, drenagem linfática e eletroterapia, é possível estimular a recuperação e a reativação da musculatura abdominal.
O uso de cintas abdominais é uma opção não cirúrgica para auxiliar na compressão da região afetada e promover a estabilização dos músculos abdominais. Esses dispositivos devem ser utilizados sob orientação médica para garantir a eficácia e segurança corretas.
Em casos mais graves de diástase abdominal, a cirurgia pode ser indicada. A abdominoplastia é o procedimento mais comum nesses casos, onde o excesso de pele é removido e os músculos retos são suturados novamente.
É importante ressaltar que o tratamento deve ser individualizado, levando em consideração as características e necessidades de cada paciente. Um profissional da saúde especializado é fundamental para um plano de tratamento adequado.
Referências:
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- Dehghan F, Akbari-Fakhrabadi M, Jafari F, et al. Prevalence of Diastasis Recti Abdominis in Women Who Are Overweight or Obese During Pregnancy and Its Comparison with Lean Pregnant Women. Sci Rep. 2020;10(1):938.
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018: antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE; 2020.