A diástase e hérnia umbilical são condições que afetam a região abdominal, sendo uma preocupação para muitas pessoas. Neste artigo, discutiremos essas condições em detalhes, abordando sua definição, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e cuidados pós-operatórios.
1. Diástase abdominal
A diástase abdominal é a separação dos músculos retos abdominais, geralmente decorrente do estiramento desses músculos durante a gravidez ou devido à obesidade. Isso resulta em um afrouxamento da parede abdominal e uma protuberância visível na linha média do abdômen. Embora muitas vezes seja uma questão estética, a diástase abdominal também pode levar a dores nas costas e problemas posturais.
Existem diversas opções de tratamento para a diástase abdominal, incluindo exercícios específicos para fortalecimento muscular, fisioterapia, uso de cintas abdominais e, em casos graves, cirurgia reparadora.
2. Hérnia umbilical
A hérnia umbilical ocorre quando uma parte do intestino ou gordura abdominal se projeta através de um ponto fraco na parede abdominal, próximo ao umbigo. Isso resulta em uma protuberância nessa região, que pode causar desconforto, dor e, em casos raros, complicações graves, como estrangulamento da hérnia.
O tratamento para a hérnia umbilical geralmente envolve cirurgia, na qual a abertura na parede abdominal é reparada e os órgãos retornam à sua posição normal. Essa cirurgia é geralmente segura e eficaz, com baixas taxas de complicações.
3. Causas
A diástase abdominal é comumente causada pela gravidez, especialmente em gestações múltiplas. Além disso, o aumento de peso e a obesidade também podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição.
A hérnia umbilical pode ocorrer devido a uma fraqueza congênita na parede abdominal, estiramento excessivo durante a gravidez, obesidade, esforço físico excessivo, ou em casos raros, devido a uma lesão abdominal.
4. Sintomas
Os sintomas da diástase abdominal incluem uma linha média do abdômen alargada, protrusão abdominal, dores nas costas, incontinência urinária ou fecal e problemas de postura.
Já os sintomas da hérnia umbilical incluem protuberância na região umbilical, dor ou desconforto na região, sensação de pressão no local da hérnia e, em casos raros, vômitos e náuseas.
5. Diagnóstico
O diagnóstico da diástase abdominal e hérnia umbilical é realizado por meio de exames físicos e, em alguns casos, exames de imagem, como ultrassonografia ou tomografia computadorizada.
6. Tratamento
Para a diástase abdominal, é recomendado o fortalecimento muscular por meio de exercícios específicos, bem como a prática de boa postura e uso de cintas abdominais. Em casos mais graves, a cirurgia estética reparadora pode ser considerada para melhorar a aparência abdominal.
No caso da hérnia umbilical, a cirurgia é o tratamento mais comum. A cirurgia pode ser realizada de forma tradicional, com uma incisão na região umbilical, ou por meio de laparoscopia, um procedimento minimamente invasivo que utiliza pequenas incisões e instrumentos especiais.
7. Cuidados pós-operatórios
Após a cirurgia de diástase abdominal ou hérnia umbilical, é importante seguir as orientações do médico quanto aos cuidados pós-operatórios. Isso inclui evitar esforços físicos intensos, manter uma dieta adequada, tomar os medicamentos prescritos e retornar para acompanhamento médico regularmente.
8. Prevalência e Estatísticas no Brasil
No Brasil, a diástase abdominal e hérnia umbilical são condições comuns. Embora não haja estatísticas precisas sobre sua prevalência, estudos indicam que, devido ao aumento da obesidade e do número de pessoas que se submetem a cirurgias plásticas, o número de procedimentos para tratar essas condições aumentou significativamente nos últimos anos.
Referências:
1. Society of American Gastrointestinal and Endoscopic Surgeons (SAGES). Umbilical hernia repair. Disponível em: <https://www.sages.org/publications/patient-information/patient-information-for-laparoscopic-and-open-umbilical-hernia-repair-from-sages/>
2. Akram J, Matzen SH. Rectus abdominis diastasis. J Plast Surg Hand Surg. 2014;48(3):163-169.