O granuloma após bioestimulador é uma reação infl amatória crônica pós-injeção de substâncias bioestimuladoras. Essas substâncias são utilizadas em procedimentos estéticos para promover a regeneração de tecidos e melhorar a aparência da pele. No entanto, em alguns casos, sua utilização está associada ao desenvolvimento de granulomas, causando preocupação e desconforto para os pacientes. Neste artigo, abordaremos os principais aspectos relacionados ao granuloma após bioestimulador.
1. Definição de granuloma após bioestimulador
O granuloma após bioestimulador é uma reação inflamatória formada por células inflamatórias, tecido fibroso e células gigantes multinucleadas. Essa resposta ocorre como uma reação aos materiais injetados, como o ácido polilático, hidroxiapatita de cálcio e o ácido hialurônico.
2. Mecanismos de formação
A formação do granuloma após bioestimulador é resultado de uma resposta imunológica do organismo às substâncias injetadas. As células inflamatórias e fibroblastos são ativados, levando à produção de tecido fibroso. As células gigantes multinucleadas também estão presentes nesse processo, sendo características desse tipo de granuloma.
Acredita-se que a formação do granuloma esteja relacionada à degradação incompleta dos materiais injetados e/ou à resposta inflamatória exagerada do sistema imunológico.
3. Fatores de risco
Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento de granuloma após bioestimulador. Estes incluem a predisposição individual à resposta inflamatória, o volume e a profundidade da injeção, a técnica utilizada, a qualidade do produto utilizado e possíveis contaminações durante o procedimento.
4. Sintomas do granuloma após bioestimulador
Os sintomas mais comuns do granuloma após bioestimulador incluem nódulos ou caroços palpáveis na área injetada, vermelhidão, dor, endurecimento da pele, prurido e sensação de calor. Esses sintomas podem ser desconfortáveis e afetar a qualidade de vida do paciente.
5. Diagnóstico
O diagnóstico de granuloma após bioestimulador é clínico, baseado na presença dos sintomas mencionados e na história de utilização de substâncias bioestimuladoras. Exames de imagem, como ultrassonografia, podem auxiliar na confirmação e avaliação da extensão dos granulomas.
6. Tratamento
O tratamento do granuloma após bioestimulador pode envol ver medidas conservadoras, como aplicação de anti-inflamatórios tópicos e compressas frias, para alívio dos sintomas. No entanto, em casos mais graves, a remoção cirúrgica dos granulomas pode ser necessária.
É importante ressaltar que o tratamento deve ser individualizado, levando em consideração o tipo de bioestimulador utilizado, a extensão e gravidade dos granulomas e a resposta clínica de cada paciente.
7. Prevenção
Para prevenir o desenvolvimento de granuloma após bioestimulador, é essencial escolher um profissional capacitado e experiente para realizar o procedimento. Além disso, é importante utilizar produtos de qualidade, com registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e seguir as orientações pós-procedimento fornecidas pelo especialista.
8. Estudos e expectativas futuras
Recentemente, tem havido um aumento na pesquisa sobre o uso de bioestimuladores e o desenvolvimento de granulomas. Estudos estão sendo realizados para entender melhor os mecanismos de formação dos granulomas e desenvolver novas estratégias para evitar o seu surgimento.
Espera-se que, no futuro, os avanços na área levem a uma redução significativa do risco de desenvolvimento de granulomas após o uso de bioestimuladores, proporcionando resultados mais seguros e eficazes nos procedimentos estéticos.
Referências
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