Os hemangiomas infantis são os tumores benignos mais comuns em bebês e crianças. Essas lesões vasculares podem surgir em qualquer parte do corpo, mas são mais frequentes no rosto, cabeça e pescoço. Neste artigo, abordaremos diversos aspectos relacionados aos hemangiomas infantis, incluindo suas características, diagnóstico, complicações e opções de tratamento.
Características e diagnóstico
Os hemangiomas infantis apresentam-se como lesões elevadas, avermelhadas e de consistência mole. Geralmente, essas lesões começam a se desenvolver nas semanas ou meses iniciais de vida do bebê e crescem rapidamente nos primeiros meses. Em seguida, ocorre uma fase de estabilização e posterior regressão espontânea. A maioria dos hemangiomas infantis desaparece sem deixar cicatrizes até os 5 anos de idade.
O diagnóstico de hemangioma infantil é baseado em exame físico e história clínica. Em alguns casos, exames de imagem, como ultrassonografia ou ressonância magnética, podem ser necessários para avaliar a extensão da lesão e seu envolvimento com estruturas adjacentes.
Complicações e riscos
Embora a maioria dos hemangiomas infantis não cause grandes problemas, algumas complicações podem ocorrer. Quando localizados em áreas de risco, como próximos aos olhos, nariz, boca ou órgãos internos, podem interferir com as funções vitais, como visão, respiração e alimentação.
Além disso, os hemangiomas podem sofrer ulceração, causando dor e sangramento local. Em casos raros, pode ocorrer a formação de cicatrizes ou infecção da lesão. Portanto, é fundamental monitorar cuidadosamente essas lesões e buscar tratamento adequado, quando necessário.
Tratamento
O tratamento para hemangiomas infantis depende da gravidade, localização e complicações associadas. Geralmente, adota-se uma abordagem conservadora, com a observação cuidadosa da lesão ao longo do tempo, especialmente durante a fase de crescimento rápido.
Caso seja necessário intervir no tratamento, várias opções estão disponíveis. A terapia com medicamentos, como propranolol ou corticosteroides, pode ser indicada para reduzir o tamanho e acelerar a regressão do hemangioma. A aplicação de laser também tem mostrado resultados positivos na redução das lesões vasculares.
Em casos mais graves, pode ser necessária a cirurgia para remoção do hemangioma. Entretanto, essa opção é reservada para situações específicas, envolvendo complicações graves ou risco iminente à saúde da criança.
Perspectivas e cuidados
Apesar de muitos hemangiomas infantis regredirem espontaneamente, é fundamental um acompanhamento rigoroso por parte de médicos especialistas, como dermatologistas ou pediatras. Esses profissionais podem auxiliar na avaliação do crescimento do hemangioma, possíveis complicações e indicação do melhor tratamento, caso seja necessário.
Além disso, é importante que os pais ou responsáveis adotem precauções em relação ao cuidado da pele do bebê, evitando traumatismos e mantendo-a sempre hidratada. Também é fundamental evitar exposição solar excessiva, pois os hemangiomas infantis podem ser mais sensíveis aos efeitos nocivos do sol.
Em relação aos custos do tratamento de hemangiomas infantis, é importante ressaltar que esses valores podem variar dependendo da instituição de saúde e localização geográfica. No Brasil, por exemplo, o valor médio de uma sessão de laser para tratamento de hemangioma pode variar de R$300 a R$800.
Referências:
1. Drolet BA, et al. Infantile hemangiomas: an emerging health issue linked to an increased rate of low birth weight infants. J Pediatr. 2008;153(5):712-715.
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