A pinta perigosa, conhecida cientificamente como melanoma, é uma forma agressiva de câncer de pele que surge a partir dos melanócitos, células responsáveis pela pigmentação da pele. Essa condição de saúde merece atenção especial, pois, se não diagnosticada e tratada precocemente, pode se espalhar para outros órgãos, dificultando o tratamento e reduzindo as chances de cura. Neste artigo, discutiremos os principais aspectos relacionados a essa doença, desde os fatores de risco até os sinais de alerta e os métodos de prevenção.
Fatores de risco e causas
O principal fator de risco para o desenvolvimento do melanoma é a exposição excessiva e desprotegida aos raios ultravioleta (UV) do sol. Pessoas de pele clara, histórico familiar da doença, presença de muitas pintas ou nevos atípicos também estão mais propensas a desenvolverem esse tipo de câncer de pele. Além disso, vale ressaltar que episódios de queimaduras solares na infância aumentam significativamente o risco de melanoma na fase adulta.
Outros fatores menos comuns, mas que também podem contribuir para o aparecimento do melanoma, incluem a exposição a fontes artificiais de raios UV, como câmaras de bronzeamento, e algumas condições genéticas, como a síndrome do nevo displásico.
Sinais e diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce do melanoma é essencial para um tratamento efetivo e melhores chances de cura. É importante estar atento(a) aos seguintes sinais de alerta: pintas assimétricas, bordas irregulares, variação de cores, diâmetro superior a 6 mm ou qualquer modificação na pinta já existente. Caso algum desses sinais seja identificado, é fundamental procurar um dermatologista para uma avaliação mais detalhada.
O diagnóstico do melanoma é baseado na análise clínica por um especialista, mas a confirmação é feita por meio da biópsia da lesão suspeita. Exames complementares, como a dermatoscopia e a tomografia de coerência óptica, podem auxiliar na avaliação da extensão da lesão e na identificação de possíveis metástases.
Tratamento e prognóstico
O tratamento do melanoma varia de acordo com o estágio da doença, podendo incluir cirurgia para remoção do tumor, radioterapia, imunoterapia ou terapias-alvo. Em casos avançados, nos quais a doença já se espalhou para outros órgãos, o prognóstico costuma ser pior e o tratamento mais complexo.
Assim como em qualquer doença, o sucesso do tratamento do melanoma depende diretamente do diagnóstico precoce. Por isso, é fundamental que as pessoas se mantenham atentas aos sinais de alerta e realizem visitas regulares ao dermatologista.
Prevenção e cuidados
A prevenção do melanoma é baseada principalmente em evitar a exposição excessiva e desprotegida ao sol. É recomendado o uso regular de protetor solar, com fator de proteção (FPS) 30 ou superior, além de evitar a exposição solar entre 10h e 16h, quando os raios UVB são mais intensos.
É importante também proteger-se adequadamente, utilizando roupas que cubram a maior parte do corpo, chapéus de aba larga e óculos de sol com proteção UV. Além disso, é essencial realizar exames regulares de pele e acompanhar qualquer alteração nas pintas, consultando um dermatologista sempre que necessário.
Referências:
1. Instituto Nacional do Câncer (INCA). Câncer de Pele - Melanoma. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/melanoma#Fatores_de_risco. Acesso em 10 de agosto de 2022.
2. Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Melanoma. Disponível em: https://www.sbd.org.br/doencas/melanoma/. Acesso em 10 de agosto de 2022.
3. American Cancer Society (ACS). Melanoma Skin Cancer. Disponível em: https://www.cancer.org/cancer/melanoma-skin-cancer.html. Acesso em 10 de agosto de 2022.