O sulco nasogeniano, popularmente conhecido como "bigode chinês", é uma dobra de pele que se forma entre o nariz e a boca, e é uma das preocupações estéticas mais comuns entre homens e mulheres. Muitas pessoas recorrem ao preenchimento facial para corrigir o sulco nasogeniano e obter uma aparência mais jovem e suave. No entanto, quando realizado de forma incorreta, o procedimento pode levar a resultados insatisfatórios. Neste artigo, iremos explorar os principais erros no preenchimento do bigode chinês e suas consequências.
1. Filler inadequado
A escolha do tipo de preenchedor é crucial para obter resultados satisfatórios. Utilizar preenchedores inadequados, que não possuem a consistência correta ou a capacidade de preenchimento adequada, pode levar a resultados indesejados. Além disso, certos preenchedores têm maior probabilidade de causar complicações ou reações alérgicas. É essencial que o preenchedor utilizado seja de qualidade e que tenha sido aprovado pelas autoridades regulatórias competentes.
2. Quantidade excessiva de preenchimento
O excesso de preenchimento do sulco nasogeniano é outro erro comum. Quando uma quantidade excessiva de preenchimento é injetada, o resultado pode ser uma aparência artificial e com aspecto de "inchaço". Esse preenchimento exagerado pode também criar uma aparência desproporcional, afetando a harmonia facial.
É importante que o profissional responsável pelo procedimento possua habilidades técnicas refinadas e experiência para determinar a quantidade adequada de preenchimento necessária para cada paciente. Cada rosto é único e requer uma abordagem personalizada.
3. Má técnica de aplicação
A técnica de aplicação do preenchedor também é fundamental para obter resultados satisfatórios no preenchimento do sulco nasogeniano. A injeção precisa ser realizada em camadas superficiais e profundas da pele, de forma estratégica, para obter uma aparência natural e harmoniosa. A falta de habilidade técnica pode resultar em assimetrias, irregularidades e até mesmo no acúmulo de produto em certas áreas, causando uma aparência artificial.
O profissional responsável pelo procedimento deve possuir conhecimento anatômico aprofundado e habilidades técnicas avançadas para realizar a aplicação correta do preenchedor.
4. Falta de avaliação prévia adequada
Uma avaliação prévia adequada é essencial para determinar se o paciente é um bom candidato para o preenchimento do sulco nasogeniano. É necessário avaliar a condição da pele, suas características específicas e a expectativa realista do paciente em relação aos resultados.
Problemas como flacidez da pele, excesso de tecido adiposo ou até mesmo a necessidade de uma abordagem cirúrgica, como um lifting facial, podem exigir uma avaliação mais aprofundada antes de decidir pelo preenchimento.
5. Ausência de consulta individualizada
Cada paciente é único e suas necessidades estéticas também são. Uma abordagem padronizada no preenchimento do sulco nasogeniano pode levar a resultados insatisfatórios. É imprescindível que o profissional realize uma consulta individualizada, entendendo as expectativas do paciente, seu histórico médico, seu estilo de vida e suas características faciais únicas.
Somente com uma consulta detalhada, o profissional poderá planejar e realizar o preenchimento de forma personalizada para atender às necessidades específicas de cada paciente.
6. Falta de acompanhamento pós-procedimento
O acompanhamento pós-procedimento é fundamental para garantir que o resultado do preenchimento do sulco nasogeniano seja satisfatório e duradouro. O profissional deve acompanhar o paciente nas semanas seguintes ao procedimento, avaliando e corrigindo quaisquer problemas que possam surgir.
Além disso, é importante que o paciente siga as orientações pós-procedimento, evitando a exposição solar excessiva, cuidando da pele adequadamente e realizando eventuais retoques conforme necessário.
7. Desconhecimento das possíveis complicações
O desconhecimento das possíveis complicações do preenchimento do sulco nasogeniano também pode levar a resultados indesejados. É fundamental que o profissional esteja ciente dos riscos associados ao procedimento, como infecções, necroses, hematomas e reações alérgicas.
Além disso, o paciente deve ser informado sobre as possíveis complicações e deve assinar um termo de consentimento informado, indicando que compreende os riscos envolvidos no procedimento.
Referências:
1. Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). (2019). Preenchimento com ácido hialurônico: 11 dúvidas respondidas. Recuperado de https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/preenchimento-com-acido-hialuronico-11-duvidas-respondidas/
2. Trindade, F., & Solis, S. (2020). Complicações em preenchimentos faciais. Anais Brasileiros de Dermatologia, 95(3), 364-372.