
A necrose na mama é uma condição que se caracteriza pela morte dos tecidos mamários, resultando em um prejuízo funcional e estético para as mulheres afetadas. Essa condição pode ser causada por uma série de fatores, incluindo trauma, infecção, radioterapia e mau prognóstico após uma cirurgia de mama. Neste artigo, discutiremos o tratamento para a necrose na mama, de forma objetiva e baseada em evidências científicas.
1. Diagnóstico preciso: O primeiro passo é realizar uma avaliação clínica completa, incluindo exame físico, histórico médico, exames de imagem e biópsia, para identificar corretamente a presença de necrose na mama.
2. Cirurgia de desbridamento: O tratamento inicial envolve a remoção cirúrgica dos tecidos necróticos. Esse procedimento é conhecido como desbridamento cirúrgico e tem como objetivo remover todas as áreas afetadas, promovendo a cicatrização do tecido saudável remanescente.
3. Curativos adequados: Após o desbridamento, é essencial realizar curativos apropriados para prevenir infecções e promover a regeneração dos tecidos. Os curativos devem ser trocados regularmente e de acordo com as recomendações médicas.
4. Terapia com oxigênio hiperbárico: Em alguns casos, a terapia com oxigênio hiperbárico pode ser indicada para estimular a cicatrização dos tecidos necróticos. Esse tratamento envolve a inalação de oxigênio puro em um ambiente pressurizado, o que aumenta a oferta de oxigênio aos tecidos lesionados.
5. Uso de terapia tópica: O uso de pomadas ou géis com propriedades cicatrizantes, como a hidrocoloide ou a papaína, pode auxiliar na regeneração dos tecidos e facilitar a cicatrização.
6. Uso de terapia a vácuo: A terapia a vácuo, também conhecida como terapia de pressão negativa, é uma estratégia que consiste em aplicar um curativo especial que cria uma pressão negativa sobre a lesão. Isso promove a retirada de líquidos e estimula a formação de tecido novo.
7. Tratamento sistêmico: Em alguns casos, pode ser necessário o uso de terapia sistêmica, como antibióticos, anti-inflamatórios ou deoteletapia, para combater infecções associadas à necrose na mama.
8. Acompanhamento multidisciplinar: O tratamento para a necrose na mama deve ser realizado de forma multidisciplinar, envolvendo profissionais como cirurgiões, oncologistas, radioterapeutas, enfermeiros, fisioterapeutas e psicólogos. O acompanhamento adequado é fundamental para garantir uma abordagem completa e individualizada.
9. Recomendações dietéticas: Durante o tratamento, é importante seguir uma dieta equilibrada e rica em nutrientes para fortalecer o sistema imunológico e auxiliar na cicatrização dos tecidos.
10. Suporte emocional: A necrose na mama pode causar impacto emocional significativo nas mulheres afetadas. Portanto, é fundamental oferecer suporte emocional por meio de grupos de apoio, terapia individual ou familiar, para auxiliar na adaptação e no enfrentamento dessa condição.
11. Prevenção de complicações: É essencial monitorar o progresso da cicatrização e prevenir complicações como infecções recorrentes, hemorragias ou deformidades na mama afetada.
12. Reabilitação física: A reabilitação física, incluindo exercícios específicos e terapia ocupacional, pode auxiliar na recuperação da função e na melhoria da qualidade de vida das mulheres afetadas pela necrose na mama.
13. Procedimentos estéticos: Em casos selecionados, procedimentos estéticos, como a reconstrução mamária, podem ser considerados após a cicatrização completa da necrose. Essa opção deve ser discutida com o cirurgião plástico responsável.
14. Follow-up a longo prazo: O acompanhamento a longo prazo é importante para monitorar possíveis recidivas da necrose e para avaliar o resultado do tratamento. Consultas regulares com o médico são essenciais para garantir uma avaliação contínua.
15. Considerações financeiras: Em relação aos custos do tratamento no Brasil, é importante ressaltar que eles variam de acordo com a região e a instituição de saúde. É recomendado que os pacientes verifiquem com antecedência seus planos de saúde ou solicitem informações sobre os valores praticados em hospitais públicos.
Referências:
1. Silva, L. A., & Souza, D. C. (2017). Necrose de pele na mama de uma mulher: relato de caso. Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics, 6(2), 160-168.
2. Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. (2019). Necrose tumescente como complicação da cirurgia de mamoplastia – uma revisão na biblioteca Scielo. Recuperado de: http://www.lcirurgiaplastica.org.br/cirurgias/necrose-tumescente/
3. Ministério da Saúde. (2017). DATASUS: Sistema de informações hospitalares do SUS. Recuperado de: http://datasus.saude.gov.br/