A mancha vermelha no rosto de nascença, também conhecida como hemangioma infantil, é uma condição vascular benigna que ocorre em aproximadamente 5% dos recém-nascidos. Essa mancha costuma ser observada logo após o nascimento e pode variar em tamanho, formato e localização. Embora a causa exata ainda seja desconhecida, existem várias teorias sobre o desenvolvimento dessa marca na pele.
Causas prováveis
Embora não haja uma causa definitiva conhecida para o desenvolvimento da mancha vermelha no rosto, acredita-se que fatores genéticos e ambientais possam desempenhar um papel importante. Alguns estudos sugerem que o hemangioma pode estar relacionado à exposição ao estrogênio materno durante a gravidez, enquanto outros associam a condição a anormalidades nos vasos sanguíneos.
Além disso, pesquisas indicam que certos fatores de risco, como sexo feminino, prematuridade e histórico familiar, podem aumentar a probabilidade de um bebê desenvolver uma mancha vermelha no rosto de nascença.
Tipos de manchas vermelhas no rosto de nascença
Existem dois principais tipos de manchas vermelhas no rosto de nascença: hemangioma infantil superficial e hemangioma infantil profundo.
O hemangioma infantil superficial é caracterizado por lesões vermelhas, elevadas e de aparência semelhante a morango. Geralmente, esse tipo de hemangioma cresce nos primeiros meses de vida e diminui gradualmente ao longo dos anos, desaparecendo completamente na maioria dos casos até a adolescência.
O hemangioma infantil profundo, por sua vez, é caracterizado por lesões de cor arroxeada, localizadas nas camadas mais profundas da pele. Esse tipo de hemangioma pode ser mais difícil de tratar e, em alguns casos, pode deixar cicatrizes ou deformidades na área afetada.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da mancha vermelha no rosto de nascença é geralmente feito por um pediatra ou dermatologista experiente. Em casos mais complexos, podem ser solicitados exames de imagem, como ultrassonografia ou ressonância magnética, para avaliar a extensão do hemangioma e sua relação com estruturas importantes.
O tratamento da mancha vermelha no rosto de nascença pode variar dependendo do tipo, tamanho e localização da lesão, bem como da idade do paciente. Alguns pequenos hemangiomas podem não exigir tratamento, uma vez que diminuem naturalmente com o tempo.
Para hemangiomas que requerem intervenção, existem várias opções disponíveis, incluindo medicamentos sistêmicos, tratamento a laser, embolização ou até mesmo cirurgia. No entanto, é importante destacar que cada caso deve ser avaliado individualmente por um profissional qualificado.
Prognóstico e complicações
O prognóstico para a mancha vermelha no rosto de nascença geralmente é excelente. A maioria dos hemangiomas desaparece por conta própria ao longo do tempo, sem deixar cicatrizes ou sequelas. No entanto, em alguns casos raros, complicações podem ocorrer.
As complicações possíveis incluem úlceras na pele sobre o hemangioma, sangramento excessivo, infecção secundária, problemas de visão ou respiratórios, além de impacto emocional e psicossocial. Portanto, é fundamental um acompanhamento médico adequado para monitorar o hemangioma e intervir quando necessário.
Perspectivas futuras e pesquisa
A pesquisa científica continua avançando na compreensão dos mecanismos envolvidos na formação e desenvolvimento da mancha vermelha no rosto de nascença. Novas terapias e abordagens de tratamento estão sendo investigadas, com o objetivo de melhorar os resultados e a qualidade de vida dos pacientes.
Além disso, estudos sobre evolução natural dos hemangiomas e a influência de fatores genéticos e ambientais podem fornecer insights valiosos para a prevenção e manejo dessa condição.
Referências:
1. Frieden IJ, et al. Infantile hemangiomas. Natural history and management. Schweiz Med Wochenschr. 1999;
2. Drolet BA, et al. Prospective study of spinal, abdominal, and pelvic ultrasonography in infants with cutaneous infantile hemangiomas. Pediatr Dermatol. 2016;
3. Léauté-Labrèze C, et al. A Randomized, Controlled Trial of Oral Propranolol in Infantile Hemangioma. N Engl J Med. 2015;
